segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

AGELESS IS THE NEW WOMAN



Fazendo um trocadilho com o nome da famosa e premiada série de TV americana, Orange Is the New Black, gostaria de reiterar o que eu já venho afirmando há algum tempo: AGELESS IS THE NEW WOMAN.

O mundo está em constante e alucinada transformação e, nesse contexto, parece que a mulher (ou quem se identifica com o gênero feminino) está sendo agente da sua própria transformação. E o que esperar dessa mulher que está caminhando para o terceiro milênio?

A Revista Elle Brasil, do mês passado (dezembro-2016), colocou um robô-mulher como modelo na sua capa. Marcas como a Gucci têm inserido, em suas campanhas, "mulheres mais maduras", ao lado de modelos jovens de menos de vinte anos. A brasileira, Natura, fez uma campanha adotando um casal (homem e mulher) de cabelos brancos, curtindo a vida e, pasmem, sendo sexy e tendo desejos e prazeres.

A mulher de 40, 50, 60, 70, 80 anos de hoje é muito diferente da mulher da mesma idade de algum tempo atrás. Em termos de comportamento, diferenciamo-nos muito  das nossas avós e bisavós, graças ao ativismo de várias mulheres que nos antecederam.   Ou seja, o antigo padrão está desaparecendo... 

Agora, a Revista Elle do Brasil, na edição de janeiro-2017, lista  o ageless como tendência  para o ano de 2017,  prevendo o surgimento  de coleções e produtos para um grande espectro de idade  de mulheres e o  combate à  estereótipos de estilo.  Elegem Madona ( que, recentemente, foi eleita a Mulher do Ano pela Billboard, aos 58 anos de idade) e Iris Apfel como ícones desse movimento.

Mas, afinal, o que é ser ageless? Significa não se enquadrar (ou não ser enquadrada) na categoria de velha. Refere-se à ser contemporânea,  coetânea  com o tempo presente, independentemente da idade.

Fato é que a expectativa de vida aumentou muito ao longo dos tempos  e as indústrias da moda e da beleza deveriam  estar se movimentando para acolher essa "nova mulher", que tem potencial econômico para consumo e está no auge da vida. Entretanto,  o que acontece?  Chegar aos quarenta anos parece ser uma penitência. Tudo ainda está muito vinculado à comportamentos e padrões estéticos antigos e engessados,  que excluem, ao invés de incluir.

Que essa tendência vingue e dê frutos e que  a diversidade de mulheres que somos encontre cada vez mais  voz e espaço na sociedade.







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