sexta-feira, 25 de novembro de 2016

ID FASHION - CURITIBA - O NOVO CONSUMIDOR

 




Olá,  meus queridxs

Aconteceu ontem em Curitiba o ID FASHION, uma apresentação do cenário da moda paranaense. O local do evento não poderia ser mais inspirador, o MON - Museu Oscar Niemayer. A curadoria  foi muito apropriada na escolha das marcas e nomes participantes.

Depois de observar de tudo um pouco,  "pincei" três "tendências"(não gosto muito de usar essa palavra, mas vá lá...) que estão norteando o perfil do consumidor contemporâneo: meio ambiente e sustentabilidade; roupa além do gênero e a venda de produtos de moda associados à uma experiência diferenciada.

O mundo caminha aceleradamente e as labels que elaboram o seu produto com base nos princípios da sustentabilidade são um diferencial  de mercado e algo que o novo consumidor está procurando. Ele quer saber sobre o tecido, como e onde foi fabricado, quem costurou a roupa, quantos quilômetros de distância precisou percorrer até chegar ao consumidor, quanto de água necessitou para fabricá-lo e qual é a sua pegada de carbono, uma metodologia que mede a quantidade de emissão de gases de efeito estufa causadas, direta ou indiretamente, por uma pessoa, organização, evento  ou produto. Então, a marca que não está se conectando com essa proposta está ficando para trás, porque daqui algum tempo, esse "diferencial da sustentabilidade" será  algo normal.

A Open Studio está inserindo  esse contexto nos seus produtos: "a marca tem investido em um tricot com sobras de fios e na malha eco - feitas com garrafa pet, mas com caimento igual ao do algodão - que se decompõe em até três anos quando descartado no meio ambiente."


Outras marcas com iniciativas sustentáveis são a Reptilia, "a proposta da marca é conciliar design e qualidade com produção  ética e sustentável, novidades tecnológicas com técnicas e texturas artesanais" e, também, a marca coletiva Vale da Seda, mas essa vai ter uma postagem à parte, ok?


https://www.facebook.com/deborah.koliskivons/videos/1250382455026724/


https://www.facebook.com/deborah.koliskivons/videos/pcb.1250382715026698/1250382561693380/?type=3&theater#


Tenho observado e refletido muito  sobre a questão de gênero. Já abordei isso alguns posts atrás, falando da nova maneira de se vestir do homem contemporâneo.  Acredito que a moda está caminhando  para uma roupa além gênero, onde os indivíduos não ficam mais limitados aos padrões impostos e sejam vistos simplesmente como humanos.

A Veine traz esse conceito: "foi criada no ano passado e faz moda unissex voltada ao sportwear e ao lifestyle urbano minimalista, visando dissolver a barreira entre os gêneros. "


https://www.facebook.com/deborah.koliskivons/videos/1250381465026823/

Uma marca onde a questão de gênero não é conceitual mas que, acredito, faz uma moda além gênero é a Leveza do Ser,  na linha comfortwear, com utilização de cores básicas e modelagem ampla.





público no ID FASHION



E por fim, o novo consumidor quer ser agente, não quer mais atuar como um elemento passivo na relação de consumo .Mais do que um produto, esse cliente procura por empresas que tenham condições de fornecer experiências de compra diferenciadas.

Elyane Fiuza Luxury Bags é uma marca que tem foco nessa  experiência, pois possibilita ao consumidor a participação na escolha "de todos os materiais da sua peça (cor do couro e forro, modelo, metais, etc). A Ovelha Negra, de lingerie,  também tem essa "pegada", porque todas as suas ações tem o intuito de "reforçar a autoaceitação e incentivar a liberdade pessoal, empoderando suas clientes e procurando ajudá-las a se amarem, a cada dia, um pouquinho mais."


https://www.facebook.com/deborah.koliskivons/videos/1250381618360141/

https://www.facebook.com/deborah.koliskivons/videos/1250380891693547/


A Jacu, quando assume para si a responsabilidade total do processo de criação, inclusive a estampas ( é ela sim, da estampa super cool do papel das balas de banana), também promove uma experiência diferenciada de compra: "A confecção é orientada pela valorização do mercado nacional e desconsidera de suas referências soluções rápidas e unilaterais, ditadas pelo topo da pirâmide de consumo.  Prefere trabalhar na criação completa - da estampa ao acabamento, do computador às maõs das costureiras."


https://www.facebook.com/deborah.koliskivons/videos/1250381991693437/

Então é isso, pessoas !!!! Fiquei orgulhosa em participar de um evento  bacana como esse e com uma produção de moda local tão antenada e cheia de propósitos. É muito interessante quando a roupa vai além de um conjunto de peças bonitas e se conecta e aborda temas tão importantes para o mundo contemporâneo.

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