Atualmente exposto no Museu Petrie de Arqueologia Egípcia, o Vestido Tarkhan é a vestimenta mais antiga do mundo, conforme veiculado pelas mídias alguns dias atrás. Testes de radiocarbono elaborados pela Universidade de Oxford, estabeleceram que ele foi produzido entre 3.482 e 3.102 a.C.
Pensar sobre roupa também é falar de memória. Os corpos vão, mas as roupas onde esses corpos habitaram, ficam, que o diga o Vestido Tarkhan, que sobrevive há mais de 5.000 anos, ainda que dentro de uma redoma de vidro no museu.
Peter Stallybrass, em O Casaco de Marx, diz que a roupa, mais do que o produto, do que a peça física em si, é um material absorvente de significados simbólicos, onde são corporificadas a memória e as relações sociais.
Tenho uma vyshyvanka, a tradicional túnica bordada ucraniana, que era da minha mãe. Ter uma vestimenta dessa, para mim, tem o poder do significado do que é ser ucraniano. Na Ucrânia há o dia nacional da vyshyvanka, onde as pessoas saem às ruas com a blusa, como forma de reforçar a identidade e preservar a herança cultural de uma etnia. A peça materna, objeto de afeto, tem mais de quarenta anos. Minha mãe a usava quando cantava no coral da igreja. Ela é repleta de significado. Quando a pego nas mãos, automaticamente me vem à cabeça o cheiro da minha mãe. Não o do perfume que usava, mas o cheiro da pessoa que ela era. É algo tão forte, que é quase palpável. Guardar pelo menos uma única peça de roupa de um ente querido é saber que se faz parte de algo maior, é saber da onde veio.
Pensar sobre roupa também é falar de memória. Os corpos vão, mas as roupas onde esses corpos habitaram, ficam, que o diga o Vestido Tarkhan, que sobrevive há mais de 5.000 anos, ainda que dentro de uma redoma de vidro no museu.
Peter Stallybrass, em O Casaco de Marx, diz que a roupa, mais do que o produto, do que a peça física em si, é um material absorvente de significados simbólicos, onde são corporificadas a memória e as relações sociais.
Tenho uma vyshyvanka, a tradicional túnica bordada ucraniana, que era da minha mãe. Ter uma vestimenta dessa, para mim, tem o poder do significado do que é ser ucraniano. Na Ucrânia há o dia nacional da vyshyvanka, onde as pessoas saem às ruas com a blusa, como forma de reforçar a identidade e preservar a herança cultural de uma etnia. A peça materna, objeto de afeto, tem mais de quarenta anos. Minha mãe a usava quando cantava no coral da igreja. Ela é repleta de significado. Quando a pego nas mãos, automaticamente me vem à cabeça o cheiro da minha mãe. Não o do perfume que usava, mas o cheiro da pessoa que ela era. É algo tão forte, que é quase palpável. Guardar pelo menos uma única peça de roupa de um ente querido é saber que se faz parte de algo maior, é saber da onde veio.
Primeira imagem retirada de: http://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/vestido-mais-antigo-do-mundo-tem-5-mil-anos-de-idade-18724860, em 23/02/2015
Segunda imagem retirada de:https://br.pinterest.com/pin/544865254895495699/, em 24/02/2015
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